Título Original: The Lion, The Witch and the Wardrobe
Série: As Crônicas de Nárnia
Autor: C. S. Lewis
Tradução: Paulo Mendes Campos
Editora: Martins Fontes
Ano: 2010
Edição: 4ª
Considerado por muitos a obra prima do escritor britânico C.S. Lewis, O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa, 1950, é o primeiro livro publicado (e o mais famoso) da série As Crônicas de Nárnia, apesar de ser o segundo na ordem cronológica.
A trama se passa durante a 2ª Guerra Mundial, e por conta dos ataques aéreos à Londres, os irmãos Pevensie – Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia – são levados à enorme casa de campo do Professor Kirke (o Digory de “O Sobrinho do Mago”).
No dia seguinte à chegada, uma chuva forte muda os planos dos irmãos de explorar a paisagem, eles resolvem conhecer a casa. E então, quando Lúcia entra num cômodo com apenas o ilustre guarda-roupa, é que a aventura começa. Ela o abre, entra e, passo após passo, encontra a maravilhosa terra de Nárnia, onde conhece o fauno Sr. Tumnus, que conta sobre a história do lugar e da Feiticeira Branca (Jadis de “O Sobrinho do Mago”). A menina é tida como mentirosa, até que um dia os irmãos atravessam o guarda-roupa e se deparam com o lugar a beira de uma guerra civil, na qual se descobririam fundamentais.
Em paralelo ao mundo real, vemos uma Nárnia dividida e hostil, governada por opressão e medo, onde Jadis é apresentada como a própria personificação do mal (ou de Hitler), acredita na superioridade da sua raça, no seu direito de dominar e faz uso da violência para reprimir quaisquer sinais de oposição. O livro, além de cenas vívidas e uma trama envolvente, traz uma perspectiva diferente sobre a guerra, tanto por ter sido desenvolvida por um escritor vivendo naquele contexto, quanto pela possibilidade de entender a fantasia como a forma com que as crianças assimilam e lidam com toda a pressão e desespero provenientes daquela realidade terrível.
É uma história cativante, com uma linguagem simples e, ao mesmo tempo, carregada de metáforas e lições. Aos que se interessarem, recomendo ler prestando atenção na importância de Edmundo para o desenrolar de tudo.
“— Seja lá como for — disse Pedro, numa voz um tanto sufocada — temos de ir atrás dele. Afinal, é nosso irmão, um pouco imbecil e mau, mas irmão. E, pensando bem, não passa de uma criança.”